Marco Bosco

Nascido em 1956 na cidade de Torrinha/SP, Marco Bosco, começou sua carreira como percussionista em 1974, tocando em bailes e casas noturnas, em 1977 começou seus estudos musicais com Paulo Simões Silva e José Ulisses Arroyo, ambos professores e músicos integrantes da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas/SP. Em 1979 estudou com Cláudio Sthephan, percussionista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo/SP.

Em 1980 como líder do Grupo Acaru, gravou durante temporada em Tokyo o álbum "Live at HotCrocket" (RCA Victor), disco também distribuído na Europa. De volta ao Brasil, em 1981, participou do início da produção fonográfica independente quando produziu e distribuiu independentemente, "Aqualouco" (Café/FIF), segundo disco do Grupo Acaru.

Em 1983, gravou seu primeiro álbum solo "Metalmadeira" (Arco-Íris/Odeon) com a participação de Belchior, Luli & Lucina, Ruriá Duprat, Nico Resende e Nico Assumpção.

Em 1986 gravou "Fragmentos da Casa" (Carmo/Odeon), seu segundo álbum solo com a participação de Egberto Gismonti, Oswaldinho do Acordeom e Paulo Calasans entre outros.

Como músico de estúdio, trabalhou com profissionais reconhecidos na produção de discos e trilhas para dança, cinema, teatro e também a participação em aproximadamente 500 peças publicitárias para rádio e televisão em campanhas locais, nacionais e internacionais.

No Brasil, em gravações ou performances ao vivo, trabalhou com Egberto Gismonti, Maestro Rogério Duprat, Raul de Souza, Sebastião Tapajós, Nelson Ayres, André Geraissati, RPM, Wanderléia, Raul Seixas, Toquinho, Luiz Ayrão, Neguinho da Beija Flor, Nilson Chaves, Jean & Paulo Garfunkel, Simone, Lucinha Lins, Baby do Brasil, Belchior, Adoniran Barbosa, Zé Geraldo, Ronaldo Bastos, Renato Teixeira, Pena Branca & Chavantinho, Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo, Sá & Guarabira, César Camargo Mariano, Zé Rodrix, Dori Caymmi, Ivan Lins, Rita Lee, Caetano Veloso, Tom Zé, Flavio Venturini, Elza Soares, , Zélia Duncan, Sandra de Sá, Maestro Moacir Santos e outros.

Em 1990 mudou-se para o Japão, principalmente para estudar com "O Edo Sukeroku Taiko" tradicional grupo de tambores japoneses. Desde sua saída do Brasil trabalhou na Europa, Ásia e América do Norte com artistas como: Tsuyoshi Yamamoto, Zainal Abdin, Hank Jones, Sérgio Mendes, Ana Caran, Tânia Maria, The Boom, Melodie Sexton, Paul Jackson, Sadao Watanabe, Cesar Camargo Mariano, Leila Pinheiro, Eiki Nonaka, Sandii, Coba, Anri, Sepultura, Roberto Menescal, Airto Moreira, Flora Purin, Nina Simone, Gary Bartz, Dr. John, Simon Lebon (Duran Duran) Nick Wood, Leon Lay, U.F. O, Nina Simone, Randy Brecker, Zwey, Ronnie Cuber, Mike Stern, Fredy Wesley, Toninho Horta e seu próprio grupo "Sururu Gang", além de vários trabalhos para Rádio Televisão Nacional do Japão (NHK) em transmissões domésticas e BS satélite HiVision para a Ásia e Europa.

Em 1991 lançou seu terceiro álbum solo "Hánêreá-Power of Nature" (JVC-Japan), baseada na lenda do guaraná da tribo amazônica Sateré-Maué, com a participação de Cesar Camargo Mariano, Sebastião Tapajós, Pique Riverte, Walmir Gil, Ruriá Duprat e Paulo Calasans.

Em 1993, lançou "Tokyo Diary" (New Frontier), quarto disco solo, gravado em Tokyo, Los Angeles e São Paulo com a participação de Oscar Castro Neves, Don Grusin, Alex Acuña, Jane Duboc, Flora Purin, Airto Moreira, Jimmy Johnson, Ricardo Silveira, Gary Meek, Paulo Calasans, O Edo Sukeroku Taiko e outros, disco esse, que também integrou o projeto Pioneer 3D Museum LD Rom.

Em 1994, lançou seu primeiro single no Japão, "Soccer Alegria” (Toshiba/EMI) e em 1995 teve sua primeira experiência como ator com o diretor sino-americano Ping Chong e sua companhia em Tokyo no Teatro Documentário "Gaigin - Undesirable Elements" em comemoração aos 50 anos do fim da segunda guerra.

Em 1996, trabalhou como produtor para Media Garden Inc. e como diretor de repertório para Music.Co.Jp Inc., companhias baseadas em Tokyo que pela primeira vez distribuiu músicas para download, então com qualidade de CD via Internet.

Em 1997 produziu para esta companhia a gravação ao vivo dos concertos de Airto Moreira e Flora Purin no Ronnie Scott's Club em Londres e Tsuyoshi Yamamoto Quartet e Guilherme Vergueiro & Marco Bosco no Tatou Club em Tokyo.

Em 1998 lançou "There Will Be No Money Today" (Ape's/Sony-Japan), seu quinto trabalho solo com a participação de Tsuyoshi Yamamoto, Casey Rankin, Paulo Calasans, Cisão Machado, Marcelo Mariano e Eiki Nonaka.

Em Maio de 2000, veio ao Brasil para a tour de Nina Simone, resolveu ficar em casa e junto ao Maestro Ruriá Duprat iniciar sua própria gravadora, a Rainbow Records, bem como gravar o álbum "Techno Roots", lançado no final de 2001; uma versão techno das músicas do grande mestre Jackson do Pandeiro, com a participação de Egberto Gismonti, Dominguinhos, Marlui Miranda, Jean Garfunkel, Genival Lacerda, Vicente Barreto, Fuba de Taperoá e Miltinho Edilberto entre outros

A partir de agosto de 2002 desenvolveu o projeto "Arte nos Trilhos", em Torrinha - SP, sua cidade natal com 8000 habitantes. Projeto este voltado para a pesquisa de ritmos e a recuperação das atividades musicais junto a crianças, adolescentes e jovens; formando um grupo de percussão sonoramente baseado em latas de óleo de 20 litros.

Em 2004 retornou ao Japão para gravar o álbum “Live at the Brazilian Embassy”, dessa vez voltado para jazz Standards e bossa nova; gravado ao vivo no auditório da Embaixada Brasileira em Tokyo com a participação do internacional pianista japonês de jazz Tsuyoshi Yamamoto e a cantora americana D’nessa, álbum lançado em junho de 2005 no Japão e mundialmente pela internet.

Em 2006 tocou e produziu para o mercado japonês o álbum "Depois do Nosso Tempo" para o retorno da grande cantora de bossa nova, Sonia Rosa, álbum gravado nos EUA, com a participação de Cesar Camargo Mariano, Oscar Castro Neves, Romero Lubambo e Ivan Lins entre outros grandes músicos. Também participou do álbum do DJ TARO e coproduziu o primeiro álbum para Japão do virtuoso violonista brasileiro Yamandu Costa.

Em 2007, entre vários trabalhos em estúdio, produções e novos projetos, participou do lançamento do álbum e das apresentações na abertura do Ritz Carlton Hotel em Tokyo. Em 2008, trabalhou para Tokyo Conrad Hotel e produziu para o mercado fonográfico Brasileiro e Japonês, o álbum Vicente de Vicente Barreto, também distribuído mundialmente pela internet para download.

Em fevereiro 2009, recebeu o Grammy americano. na categoria melhor jazz Contemporâneo para o álbum Randy Brecker in Brasil e dirigiu e produziu o concerto e a gravação de “Oscar Castro Neves live at Blue Note Tokyo”, no Japão, com os convidados especiais: Airto Moreira e Leila Pinheiro. Também produziu no Brasil e EUA o álbum Flor de Fogo de Chico Pinheiro, lançado internacionalmente como There’s a Storm Inside, com as participações especiais de Dianne Reeves e Bob Mintzer, lançado mundialmente física e digitalmente.

Em 2010, trabalhou pela primeira vez na em radio com o programa diário “Amazon Space" na Amazonas FM em Manaus, AM. Também coordenou e coproduziu gravações de Seigen Ono em projeto ligado a Universidade de Waseda em Tokyo, que desenvolve novo sistema de agravação em alta definição, testado pela primeira vez no mundo na floresta Amazónica com os sons da natureza e cantos indígenas.

Em 2011, como representante brasileiro da CT Music & Cendi Music/Japan, em diversas produções, coproduziu com Paulo Calasans o projeto “Raiz” de Leila Pinheiro, com repertório e temática voltados para a Amazónia.

Em 2012 coproduziu e lançou internacionalmente o álbum “Believe What I Say” The Music of Ivan Lins, que além do próprio Ivan Lins participam também, entre outros Simoninha, Jair Oliveira, d’Nessa, Luciana Melo, Charito, Nilson Chaves, Carla Vallet, Zé Colmeia & Dom Pixote, também em 2012 a produção e o lançamento do álbum “Amores” do grande poeta e cantor amazônico Nilson Chaves. O álbum “Raiz” de Leila Pinheiro, foi nominado e concorreu ao Grammy Latino na categoria melhor disco de MPB em 2012, e também o lançamento do álbum “Amazônia Pop” da talentosa amazonense, Marcia Novo.

Em 2014, apos mais de 20 anos fora do Brasil lançou o álbum duplo “33”, uma coletânea para comemorar os 33 anos de carreira em gravações e a parceria com Paulo Calasans e uma lista de grandes nomes da música nacional e internacional.

Em 2015, produziu, co-dirigiu e tocou no Tributo a Oscar Castro-Neves, com as participações especiais de Alaíde Costa, Leny Andrade e Sebastião Tapajós, figuras maiores da Música Brasileira, em 3 dias do concerto gravado para TV, dirigido por Antonio Carlos “Pipoca” Rebesco.

Desde quando começou na China com o baterista Leonardo Susi 2009 o quarteto instrumental Balaio em algumas poucas apresentações, construíram o quarteto até uma excursão muito bem sucedida com 28 concertos em Hong Kong e China em setembro/outubro 2015.

Em abril de 2016 o Governo do estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura apresentam o álbum Marco Bosco e Paulo Calasans “ONLINE”.

Em 2016 "Balaio Convida Randy Brecker", show baseado no álbum "Randy in Brasil" -vencedor do Grammy americano de 2009 - mais uma vez voltaram a China e alguns países europeus em uma turnê de sucesso, com performances solo e também ao lado deste lendário ícone de jazz.

Em 2017, paralelo a seus trabalhos de produtor e/ou músico de estúdio, o novo Balaio se apresentou em diferentes países, sempre trabalhando com repertório original e a melhor música brasileira em versões instrumentais, valorizando as qualidades musicais individuais de cada um dos quatro integrantes do grupo. Balaio retornou à Ásia e à Europa em outubro e novembro de 2017 para mais shows solo e novamente shows com o trompetista americano Randy Brecker, para encerrar a tour iniciada em setembro de 2016.

Durante Balaio Ásia Tour 2017, foi gravado em Xangai o álbum “Balaio”. O álbum teve gravações adicionais em Estocolmo, Nova York e São Paulo e as participações especiais de Mike Stern (guitarraelétrica), Randy Brecker (trompete), Nils Landgren (trombone), Paulo Calasans (teclados) e Zeca Baleiro (voz) e a ilustração do artista plástico americano Tom Reyes. Também em 2017 a inclusão de 3 músicas na bem sucedida coletânea “Outro Tempo” pelo selo holandês Music From Memory.

Em 2018 Balaio lançou seu álbum de estreia em performances ao vivo com o lendário guitarrista americano no show "Balaio convida Mike Stern", em uma tour brasileira em junho.

Em 2019 lança na Europa, via Itália, seu premiado disco “Metalmadeira” de 1983, disco esse incluso na lista japonesa do 100 melhores discos de música brasileira e recentemente incluso no livro LSD “Lindos Sonhos Delirantes” do musicólogo Bento Araújo, como um dos 100 discos mais psicodélicos da Musica Brasileira.

Lançou Também dois re-mixes Electricwood I e Electricwood III das músicas do Metalmadeira em versão eletrônica com as participações de Paulo Calasans e da gravação original o lendário cantor e compositor Brasileiro Belchior e o virtuoso contrabaixista Nico Assumpção, singles já disponível em todas as plataformas digitais para downoad & stream.

Ministrou um curso de produção e distribuição por 2 meses na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa – ESTAL. Também produziu o álbum “ A Música cantada de Paulinho Nogueira” com Regina Dias, Ulisses, Rocha, Sizão Machado, Nelson Faria, Luiz Carlos Sá e novo álbum de Flavio Venturini e volta em setembro a Ásia e Europa com Balaio para mais uma tour internacional.

Em 2020 produziu e o grande álbum e concerto de A Música Cantada de Paulinho Nogueira, da cantora Paulista Regina Dias, com a participação especial de Luiz Carlos Sá e Flavio Venturini . Em Portugal e no Brasil também produziu o álbum da artista afro-cubana Danae Estrela.

Em 2021 produziu a cantora Afro-Portuguesa Sandra Fidalgo em seu Show-Live e single. Em 2022 produziu o álbum Não Negai também de Regina Dias Regina Dias em um Tributo a Luis Vagner, o Guitarreiro pai do Samba-Rock, bem como o relançamento na Europa e em breve no Brasil do seu álbum Fragmentos da Casa (1987), com Egberto Gismonti, digitalizada e remasterizado por Ricardo Carvalheira.

Em 2022/23, Marco Bosco continua compondo imagens com os sons da natureza, das matas, dos pássaros, das águas, misturando música ambiente, música eletrônica e os tambores que carregou pela vida e finaliza o álbum Marco Bosco 40 e Manos em comemoração aos seus mais de 40 anos em gravações, sua carreira, seus velhos e novos parceiros em sua trajetória e seus caminhos, grandes nomes nacionais e internacionais em 20 músicas inéditas.

“Marco Bosco é uma oportunidade única para o público em todos os lugares, para conhecer este instrumentista brasileiro com um performances cheia de imagens, fundindo música brasileira com World Music e Ambient Music.”